quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Livro Livre arbítrio - O Jogo da vida

Como vai pessoal! Deixo sinopse e páginas iniciais para que conheçam melhor esta obra.
Espero que gostem e fiquem com Deus.
Vamos torcer gente! Está aí a mais nova sensação do momento concorrendo na Benvirá com todo os seus diferenciais.
È um livro bem bacana! São três histórias em uma, totalmente interativo, o personagem é o próprio leitor e de acordo com as suas escolhas o personagem acaba passando por momento bons, ruins e medianos, assim como a vida o é.
È um livro com ares investigatório/suspense com técnicas de prender a leitura  de tirar o fôlego e possui um final surpreendente, além disso se torna uma espécie de auto ajuda fazendo um comparativo das decisões tomadas por você com as do dia a dia e  virando desta forma uma técnica de reflexos de decisões as quais podem ser muito util no decorrer da sua vida seja afetiva, profissional ou até mesmo religiosa.
Páginas Iniciais:

Livro: Livre arbítrio “O Jogo onde o destino é você quem decide”


Bom, esta história é baseada no fato de termos o livre arbítrio com relação ao nosso destino, ou seja, cada passo ou decisão que tomamos em nossas vidas nos remete a um caminho que ás vezes pode ser até sem retorno.
Neste livro, você vai ser o personagem e vai ter o poder de tomar as suas próprias decisões e conclusões.
O resultado? Só no final da leitura saberemos.

            Começamos assim:
             
Um certo homem (faz de conta que é você, para entrarmos com mais profundidade na história), com idade aproximada de 30 anos, aparece em coma no hospital. Este foi encontrado em um parque deserto muito arborizado, inconsciente e com alguns hematomas. Não possuía documentos, mas suas vestimentas eram de bom tecido.
A policia acha que pode ser tentativa de suicídio, mas os jornais que o apontam como “o misterioso do parque”, acham que há algo mais por trás disto.
Passam-se os dias e nenhum integrante da família ou conhecido apareceu no hospital apresentando-se e identificando a vítima. Por outro lado, este homem começa a mostrar melhoras, fazendo alguns movimentos. Nota-se também um carinho diferenciado de uma certa enfermeira.  O nome dela é Stephany, sobre ela podemos dizer que: Está trabalhando neste hospital há poucos dias, tem pouca experiência, mas é muito esforçada e não mede esforços quando se refere a este paciente.
Junto com ela começou a trabalhar no mesmo período um vigia, este sempre sério, de poucas palavras e muito observador, querendo saber sem algum motivo aparente o estado do paciente em coma. - Seria este um suspeito?
Em um determinado dia estava tocando uma música ao fundo bem romântica, e pela primeira vez o paciente abriu os olhos. O homem assustado observava tudo á sua frente. Pessoas de branco e uma alegria inusitada para um hospital deixava traços marcantes para ele naquele instante, por isto o paciente resolveu permanecer em silêncio, até que um dos médicos detectou o cenário, aproximou-se e o examinou. Troca de olhares continua revelavam total desconfiança e ele em pânico pergunta para o médico: O que aconteceu? Onde estou? Logo fora detectado o obvio, que o paciente infelizmente estava com amnésia, contudo cumpriu o seu dever e notificou a polícia sobre o seu despertar, a mesma veio rapidamente ao hospital tentar interrogá-lo.
Quanta eficácia e agilidade não acham? Talvez o grau de interesse da policia esteja acima do normal. Pensem nisso!
Os detetives que vieram foram o sargento Marcos, recém transferido de uma cidadezinha do interior (Um pouco estranho, não é?!), e o detetive José, uma pessoa muito religiosa, que dedicava sua vida á profissão e a família, pessoa, segundo os amigos, de caráter intocável.
            Ao aproximarem-se, a vítima teve a sensação de conhecê-los, mas não mencionou nada até saber o que eles realmente queriam. O Detetive Marcos logo lhe questionou:
- O que você se lembra deste o acidente? Foi acidente ou tentativa de suicídio?
O paciente revelou que lembrava de poucas coisas, falou do parque, de algumas pessoas que ele não sabia quem eram, e de um sonho, no qual lhe chamavam de Dinho. Talvez esse fosse seu apelido e através dele poderiam chegar ao seu nome. Lembrava também de uma voz, suave e doce que sempre ouvia dizendo que ia dar tudo certo.
            Seria esta voz um delírio? Seria a enfermeira? Se ela o conhece, por que não o identifica para a polícia?
- Bom Senhor Marcos, antes que eu me esqueça “pergunta o paciente”: De certa forma, o senhor também não me é estranho?
O detetive responde:
- Talvez pelos jornais meu filho.  A minha família já foi marcada pelo crime, e desde então jurei promover justiça. Por isso, hoje sou policial e luto pelo crime. Vou lhe chamar de Dinho a partir deste momento e qualquer lembrança entre em contato conosco através da enfermeira.
Dinho concorda, embora uma coisa tenha ficado na cabeça. Que tipo de crime sofreu a família do detetive Marcos?! E o outro detetive que o acompanhou, o detetive José também não lhe era estranho. O fato de cometer suicídio na lhe parecia algo de seu feitio, havia algo de errado nisto tudo ou estava ele delirando devido ao coma? Dinho pensou: Neste momento não há nada para fazer além de aguardar as respostas e me recuperar dos ferimentos, pois com certeza a verdade irá aparecer cedo ou tarde. Uma outra preocupação vinha na cabeça de Dinho: E quando receber alta! O que farei da minha vida. Sem casa, emprego, família e para piorar esta suposta tentativa de assassinato. Mesmo que quisesse, não poderia seguir a sua vida em frente até que toda essa confusão fosse solucionada.
Neste meio tempo chegou a enfermeira Stephany com toda a sua meiguice e um charme natural que envolvia o ambiente.
- Boa noite Sr Dinho. Como estamos hoje?
E Dinho meio que hipnotizado pelo seu charme falou sem graça
-          Um tanto Confuso. Mas, diga qual é a sua graça Senhorita?
-          Stephany a seu dispor.
Uma pausa de olhares se fez e Stephany conclui:
- Trago-lhe o jantar, qualquer coisa é só chamar, pois hoje estarei de plantão.
Este foi o primeiro contato consciente de Dinho com o mundo após ter despertado do coma, contato este assistido pelo vigia Norton que para variar ficou muito nervoso e agitado, Andava sem parar no corredor e como de habitual cercava as pessoas para saber sobre a condição física do paciente, a sua amnésia, se já havia obtido melhoras e qual o teor da conversa deste com elas.
            Naquele momento, Dinho olhou para a comida, a examinou e logo veio á sua cabeça: Nossa, estou realmente muito confuso! Imaginar que poderia ter algo nesta comida, aí já é demais. Será que sou uma pessoa um tanto paranóica?!
Dinho questionou a si próprio... Mas será que não poderia ser uma intuição do que estaria por vir?
È caros amigos, comecem a juntar os fatos deste enorme quebra cabeça com muito cuidado, pois cada pedacinho que você venha a analisar de forma errada pode se tornar fatal quando você precisar tomar as decisões do seu personagem.

            Veio à madrugada, Dinho assistia ao programa estava com insônia, e depois daquele tempo todo não pensava em nada, não fazia questionamentos, só ria e dizia a si mesmo: Como este gordo é engraçado! Até que avistou o vigia Norton. Ele estava próximo à porta e o observava, ao ser flagrado o vigia meio que sem graça se aproximou puxando assunto sobre o programa:
- Rapaz, faz tempo que não assisto. Sabe, além de engraçado, ele tem um lado bem cultural. Está sem sono?
– É - Dinho responde: - Um pouco.
Norton aproveita o contato para ele mesmo de uma forma sutil perguntar algumas coisas.
- Rapaz, eu li sobre o seu drama no jornal e vejo que você me parece ser uma pessoa bacana, e confesso que estava um pouco insatisfeito pela possibilidade de você morrer por nada.
Dinho, um pouco assustado pergunta:
- Como assim, “por nada?” Você sabe algo que eu deveria saber?
Norton desconversa: - Claro que não! Você não me compreendeu. Eu disse “morrer por nada” no sentido de gíria, ou seja, morrer de repente.
Dinho fingiu aceitar a resposta, para ver até onde a conversa iria e disse:
- Certo, é que sou um pouco careta, não entendo muito de gírias. Ainda bem que estou melhorando, só a amnésia que continua na mesma.
Logo Norton pergunta:
- Você não se lembra realmente de nada? De acontecimentos antes do seu acidente, por exemplo?
Dinho de uma forma perspicaz leva a conversa numa boa, fingindo ser amigo de Norton e responde:
- Infelizmente não.
O vigia então se levanta e diz: - Amigo, tenho que ir, o serviço me chama. Preciso fazer minha ronda.
Isso já eram duas horas da manhã e o sono já batia em seu rosto.
Bom, uma coisa ficou certa: o vigia sabia de algo e tinha uma cultura bem elevada, para o padrão do serviço que prestava naquele hospital.
Dinho então dorme, e ao acordar no dia seguinte, conhece o seu primeiro companheiro de quarto, Senhor Rogério. Era um senhor com ótimo alto astral, achava que a vida era para ser vivida até a última gota. Possuía 70 anos de idade e uma inteligência de causar inveja. Honestamente, quem o via não dizia que ele estava doente. Logo se fez um laço de amizade entre ele e Dinho, afinal, Sr Rogério tinha um lado paizão, e ao saber da história de Dinho, adotou-o de coração como filho.
Realmente o dia e a noite que se veio foi tranqüila, tendo-se em vista que os policiais não apareceram e que o Norton estava de folga naquele dia. A enfermeira também estava de folga. Fato este muito lamentado pelo Dinho, que adquiriu uma empatia gratuita por ela.
Estava dormindo quando de repente ouviu conversas em tom um pouco ríspido e alto. Dinho acorda assustado e observa que o ocorrido é bem próximo de seu quarto e que Sr Rogério não se encontrava nele. Resolveu então se aproximar lentamente, de modo que não ferisse a privacidade dos outros e ao mesmo tempo saber onde estava o amigo. Para sua surpresa, era o Sr Rogério que estava no corredor a discutir e a outra pessoa a qual participava da conversa era o detetive José. Isso lhe provocou uma certa curiosidade. Porque o detetive veio no meio da madrugada ao hospital? De onde ele conhecia o Sr Rogério? E o detetive Marcos, onde estava? – Dinho fazia-se várias perguntas ao mesmo tempo.
Por mais que tentasse ouvir, os ânimos de ambos já haviam se acalmado e o pouco que se ouviu foi o seguinte: Seu José dizendo, não posso fazer isso, sou um servo de Deus, o que estão fazendo comigo? Eu tenho família. Para depois apertarem as mãos e logo em seguida, o detetive encaminhar-se para a saída.
Dinho ao perceber que Sr Rogério estava voltando para o quarto, foi rapidamente na direção da cama e com isto derrubou um copo, que acabou quebrando.
Logo chegou seu companheiro de quarto, e ao ver o copo, lhe questionou o que havia acontecido. De uma forma perspicaz, Dinho tenta-lhe convencer que teve um pesadelo e acordou com o barulho do copo, com certeza deveria ter esbarrado nele. E o indaga: - E você meu amigo, sempre dando suas fugidinhas?
Sr Rogério faz sinal positivo e diz:
- Estou paquerando a plantonista. Você sabe meu lema “Viva a vida até a última gota”.
- É, de certa forma o Sr tem razão. A vida é um livro aberto a ser escrito. Devemos aproveitá-la bem. E com um tom um tanto irônico continuou: quem sabe eu não chego aos 70 anos com a alegria que o senhor chegou!?
Com o intuito de finalizar a conversa o Sr Rogério responde: - Caro amigo, estou com muito sono, como diz aquele velho ditado "os ossos precisam descansar" amanhã conversamos mais, pois teremos tempo de sobra para isto. Boa noite. Apagou as luzes do seu abajur.
Naquele momento era o que mais Dinho queria, ficar a só pensar sobre o acontecimento e tentar juntar algumas peças. E foi o que fez. Ah meu Deus, primeiro os detetives, depois o vigia, agora o senhor Rogério. Será que há alguma ligação do vigia com os demais!? Com certeza amanhã é dia de turno para o Norton, é só fingir que está tudo bem e observar os movimentos de ambos. Bom é isso que vou fazer… conclui seu pensamento para a seguir se preparar para dormir.
No dia seguinte  pela manhã Dinho não acreditava no que via. A primeira pessoa a qual avistou ao abrir os olhos foi a enfermeira Stephany, como sempre muito graciosa, ao vê-lo acordado se dirigiu a  ele e lhe abriu um tremendo sorriso dizendo:
- Que bom chegar aqui e saber que você está tendo melhoras consideráveis! E com um belo humor continua: - Chegou aqui com um corpinho de 30 anos depois desse check-up vai sair com um corpo de 18!  Que privilégio hein!?
Dinho sem ação e tonto com tanta formosura apenas concorda, para logo em seguida dizer:
- Também, com todo esse cuidado não tenho palavras para agradecer.
Ela se limita a dizer “agradeça a Deus”, vira para o outro lado e se dirige a cama de seu companheiro de quarto e fala:
-E você papai como foi a sua noite? Fiquei muito preocupada com o senhor aqui sem a minha presença, você sabe como eu sou né? Não parava de pensar se estavam lhe dando todos os remédios corretamente, principalmente os de madrugada.
Logo Dinho concluiu: "caramba, Stephany é filha do Sr Rogério, será que ela está envolvida? E esses remédios do qual ela estava mencionando? Se colocarmos em uma linha de investigação, poderíamos encaixá-lo com a visita do detetive José, feita ao senhor Rogério na madrugada de ontem. Seria um código de comunicação entre eles?”
Stephany se despede de ambos e diz: - Mais tarde eu volto para ver como os pimpolhos estão...
Estranhamente o vigia Norton ainda não havia aparecido, já se passavam das dez horas e algumas ligações haviam sido feitas pela família muito preocupada. Argumentavam que Norton não aparecera em casa a dois dias. Pelo menos esse era o comentário ouvido nos corredores do hospital. As más línguas diziam que ele era muito mulherengo e na certa estaria na casa de uma amante. Outros o apontavam como uma pessoa de hábitos diferentes. Muito calado era visto todos os dias por horas e horas no cemitério da cidade dando comida aos pombos. Em uma coisa todos concordavam, quando se tratava de trabalho ele era extremamente responsável e era por isto o motivo de tanta preocupação.
O dia se segue e Dinho resolve fazer umas sondagens com o senhor Rogério. Como sempre utilizando a sua destreza e paciência para chegar ao ponto no qual deseja.
- Caro amigo, está muito quieto hoje, a algo que lhe preocupa?
Sr Rogério em um tom desconfiado lhe responde:
- Meu filho, nesta vida de tribulações existe algum ser humano que esteja isento disto?
Dinho responde:
- Realmente a vida é complicada, mas o principal agente complicador somos nós mesmos, correto?
-De certa forma, responde Sr Rogério sendo bem curto e um pouco inibido com o avanço da conversa.
Dinho percebendo a situação tenta ser mais direto: - A sua preocupação é a sua filha, correto?
Sr Rogério emocionado pára e responde:
- Sim.
- Você gostaria de desabafar caro amigo? Pergunta Dinho.
Em lágrimas Sr Rogério responde:
- Talvez, mas não neste momento.
Agora sim Dinho teria a oportunidade de checar com mais profundidade os fatos e não hesitou:
- Sabe Sr Rogério, nos conhecemos, ficamos amigos e o senhor me falou pouco sobre a sua vida. Uma pessoa como o senhor deve ter uma história de vida bem interessante, me fale um pouco sobre você.
Sr Rogério mais calmo e sentindo uma certa tranqüilidade, fala: - Rapaz a minha vida daria um livro. Eu fui nascido e criado em Curitiba. Sempre fui um galanteador, gostava de fazer serenatas, era um solteirão convicto, daqueles que não via sentido na palavra casamento, até que um belo dia, aos 40 anos, imagine, vim a conhecer o amor da minha vida, a Júlia, em pleno carnaval, na cidade de Araruama, interior do Estado do Rio de Janeiro, conhece?
Dinho responde: - É claro, Região dos Lagos. Responde ele intuitivamente, para espanto próprio e do Sr Rogério.
Uma pausa e Rogério responde:
- Certo. Ela era uma morena linda de dar inveja e parar qualquer trânsito. Logo percebi que a partir daí, meu reinado só pertenceria a uma única mulher.
Mudei-me para esta cidade e lá nasceu a minha princesinha, Stephany, cujo seu coração anda batendo mais forte. Com um sorriso maroto concluiu Sr Rogério.
Pego de surpresa diante da última frase dita por ele, Dinho tenta manter o diálogo centrado: - Você ainda mora lá?
Ele responde: - Não, vim para o Rio após o falecimento da minha amada, a uns três anos, e nunca mais voltei. Minha filha é que vai muito para esta cidade, pois trabalhou em um hospital local.
Dinho então após ter conduzido a conversa de uma forma confortável, resolve dar a cartada final:
- Mas diga amigo, qual é o motivo da preocupação com sua filha?
Sr Rogério para, suspira e fala: - Tudo bem irei lhe dizer. A minha filha é um amor de pessoa, mas infelizmente, quando mais moça, se casou com a pessoa errada, talvez por culpa minha, e teve um filho com essa pessoa e se separou. A minha ignorância do dia de ontem faz com que ela sofra todos tipos de chantagem hoje.
E Dinho argumenta: - Não entendo o porquê de você não o denunciarem a polícia.
- Isso nunca, não podemos e não adiantaria. Dinho vamos encerrar esta conversa, pois  está me fazendo mal, faz de conta que essa conversa nunca aconteceu, diz Sr Rogério.
E Dinho, dando-lhe um sinal de segurança responde: - Conversa? Que conversa?
Logo a seguir ambos abrem um sorriso.
Dinho vai se deitar e começa a pensar nas conclusões feitas através dessa conversa. Bom, vejamos, como eu posso conhecer Araruama e saber onde ela se situa? Será
que já morei nesta cidade? Passei veraneio? O Sr Rogério e Stephany moravam lá. Será que o senhor José ou o Norton tem alguma ligação com essa cidade? E o Norton, já apareceu?  Outra coisa que lhe intrigava era que o detetive Marcos não aparecera mais no hospital só o detetive José e de madrugada numa atitude um tanto suspeita com Sr Rogério.
Dinho já havia decidido, mesmo estando um pouco debilitado e se sentindo muito fraco, iria tentar entrar no setor de arquivo, local onde constava o dossiê dos empregados e o histórico dos pacientes lá internados. Oportunidade melhor talvez não surgisse tão cedo se tendo em vista que o vigia Norton não havia comparecido ao local de trabalho. Se conseguisse, com certeza mataria três coelhos com uma cajadada só. Pois poderia pesquisar sobre o Norton, Stephany e de quebra sobre Sr Rogério.
Bom, o primeiro passo é tentar localizar onde está a sala, algo que não seria difícil, concluiu o seu raciocínio, lembrando que em cada andar havia um mapeamento do hospital, lembrou também que ás 19horas era o horário de lanche das enfermeiras e médicos plantonistas. Logo com a ausência de Norton, teria de 00:15 ás 00:20 para fazer a operação que ele mesmo deu o título de operação arquivo. No mais era contar com a sorte do Sr Rogério estar dormindo.
Ás 18hs Stephany surge com a janta, Dinho estava tão ansioso com a chegada do horário certo para concluir o plano que adormeceu. Acordou um pouco assustado, era Stephany fazendo o carinho em seus cabelos.
- Abriu os olhinhos, hein... Continuou Stephany com sua voz suave - Dormimos bastante hoje, não é? Dizia em tom de brincadeira. Espero que tenha tido bons sonhos. Só que agora é a hora da janta, quero ver você bem forte, viu?
Realmente Stephany o deixava sem ação e a admiração por ela crescia a cada dia apesar de lutar contra isso devido a suas suspeitas e foi justamente o que lhe deu força para se centrar no plano. Jantou rapidamente, fingiu estar dormindo e pronto, a sorte lhe ajudou, Sr Rogério dormiu cedo a ponto de roncar.
            Dinho olhou, se levantou suavemente e seguiu para o corredor, pois chegara o momento, apesar de alguns sinais de cansaço foi em frente e logo avistou o mapa e nele localizou o setor de arquivos no segundo andar. Estava no terceiro andar, desceu as escadas e foi direto para a sala de arquivo que estava com a luz acesa e a porta aberta, sinal que ainda circulavam pessoas na sala naquele mesmo horário. Rapidamente foi ao dossiê dos funcionários, viu a ficha de Norton que constava que ele era casado, 36 anos, dois filhos, residente na Rua Almeida, Araruama, último trabalho foi na HMA como instrumentador cirúrgico para a seguir pegar a ficha de Stephany e assim constava: separada, 25 anos, um filho, endereço Rua dos Marrecos, Glória RJ, o último trabalho HMA, enfermeira.
Bom, uma conclusão dava para chegar de imediato ou seria muita coincidência: eles se conheciam. Dinho pensou em tentar um arquivo interno para buscar pistas sobre o Sr Rogério mais o seu relógio já se marcava 00:11 minutos desde a sua ausência então resolveu voltar para o seu quarto, pois estava com dificuldade no seu caminhar. Saindo da sala teve a sensação de estar sendo observado. Parou, olhou para os lados e não avistou ninguém, então subiu as escadas e já no terceiro andar deu de cara com o detetive Marcos.
            Detetive Marcos, com um olhar sereno e desconfiado fala: - Boa noite senhor Dinho, o que faz aqui na recepção, está com algum problema? E a memória como anda?
Dinho diante da tensão e de tantas perguntas ficou mudo por uns instantes e diz:
- Nada demais detetive, só vim pegar um pouco de ar e exercitar as pernas, você sabe como é ficar o tempo todo no quarto é um tanto complicado, explica-se Dinho. Para depois indagar: - E o senhor detetive sumiu né? Cheguei a pensar que já não estava mais no caso conclui Dinho. E o detetive Marcos responde: - Estive ausente por motivos profissionais, mas nunca abandono os meus compromissos pelo menos não por completo (risos), agora voltando ao assunto e a sua amnésia? Qual foi o progresso até o momento?
Dinho pensou em abrir o jogo, mas lembrou do seu primeiro contato muito pouco convincente e com argumentos duvidosos. Além do receio de ser injusto com os possíveis suspeitos e pela falta de provas concretas, além de não ter nenhuma garantia de que o próprio detetive Marcos não estivesse envolvido, por isto responde:
- Ainda não me lembro de nada detetive.
-E os rostos ao qual me falara do primeiro contato? Questiona o detetive.
- Provavelmente delírios, responde Dinho.
O detetive em um tom sério: - Não sei por que, mas acho que há algo obscuro da sua parte, mas um dia você terá que falar pode acreditar, eu aguardo. Saindo irritado e nervoso.
 Dinho então se dirige para o quarto, entra e encontra Sr Rogério deitado e de olhos fechados. Vai para sua cama, deita e já exausto dorme em segundos.
Na madrugada a porta se abre lentamente, uma pessoa se aproxima de Dinho, pega o lençol e rapidamente tenta sufocá-lo. Dinho já estava quase perdendo o sentido quando um ruído de vozes o salvou, provavelmente enfermeiros conversando, ao perceber a chegada de pessoas o assassino fala como um ódio mortal:
- Você escapou desta vez, mais cedo ou tarde nós o pegaremos, está pensando o que? Acha que está lidando com pessoas pequenas? Temos contatos aqui e pessoas lá fora só à sua espera, por isto não adianta nem tentar fugir, você é um homem morto!
E sai depressa.
A voz da pessoa não lhe era estranha e a cor da pele era parda, mas Dinho só o viu de costas, pois estava completamente tonto, então não havia a mínima chance dele tentar identificar o assassino. Ouviu também uma voz no corredor dizendo “boa noite policial”, logo deduziu que o suposto poderia ser um policial, fato este que o assustou muito.












Dinho então terá que tomar uma decisão:
E agora, se correr o bicho pega se ficar o bicho come. O que fazer?

Analisem: Quando falamos em destino, pensamos em livre arbítrio e este está ligado a tomadas de decisões de caminhos a serem seguidos no nosso dia a dia, às vezes tudo acontece em uma parcela de segundos e através destas decisões podemos chegar tanto ao sucesso total, quanto ao próprio fracasso.
Agora através desta história você poderá exercitar o seu lado emocional, racional e dedutivo e este com certeza irá lhe ajudar na sua jornada de sucesso.
Bom como havia falado na primeira página você representa o destino de Dinho, por isto é muito importante que você faça as escolhas certas até o final do livro.
Entre dentro do personagem, pois ele de fato é você, tente imaginar as cenas, sinta a adrenalina e aguce o seu lado investigativo.
Boa sorte nas suas decisões e as suas primeiras opções são estas:
  • Diante de todas as pistas e mesmo após a visita misteriosa, Dinho resolve ficar mais tempo no hospital. (Vai para a página 16).
  • Ao saber que tanto Stephany, quanto Norton, tem passagens por Araruama e lembrar bem do local, resolve ir para lá, mesmo correndo riscos e ainda estando debilitado, com o objetivo de saber o seu vínculo com a cidade e quem sabe recuperar a memória (Vai para a página 30).
  • Confia no detetive Marcos, apesar de ter várias suspeitas a seu respeito e um possível envolvimento de policiais no crime. (Vai para a página 43).

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